Concerto Padim da Graça [Foto Reportagem]

Passavam poucos minutos das 22 horas quando se ouve o anuncio da entrada em palco de João Pedro Pais (JPP).


A noite estava quente e o espaço reduzido em frente do palco onde o calor das pessoas bastante juntas faziam prever um grande espectáculo. Os muros; as casas junto ao palco onde as janelas se abriam para assistir; e até mesmo na capela; era alvo de uma multidão que nunca mais acabava. Multidão essa que era constituída por todas as faixas etárias.

JPP iniciou logo a abrir com o mais puro rock - surgiram alguns problemas de som - onde tocou “Palco de Feras”. Na verdade a música não foi tocada nas melhores condições, onde os vários elementos que compõem a banda faziam sinais e mexiam nos equipamentos de som. Aqui fica uma crítica, que esperamos ser construtiva para bem do espectáculo, pois as organizações das festas populares têm que perceber que antes de contratarem algum artista, é preciso saber se existem condições para os receber, acima de tudo para bem dos visitantes das festas.


Seguiram-se outras músicas dos mais diversos álbuns, mas com natural incidência às do último álbum, “A Palma e a Mão”. Aliás, depois da entrada de rompante, um dos grandes momentos da noite foi mesmo quando JPP interpretou a música que dá nome ao último álbum, onde o público presente levantou as mãos, mostrando-se rendido ao concerto que começava já a ter melhorias significavas ao nível do som.

Foi então vez para JPP cumprimentar aquela imensidão de pessoas: “Boa noite, Padim da Graça”. Mas não só pessoas daquela aparente aldeia pacata se juntaram à festa; foram muitos os que fizeram longos quilómetros para assistir ao espectáculo.


JPP seguiu o espectáculo com duas músicas do álbum “Falar Por Sinais”, para depois encantar os presentes com as duas músicas, provavelmente, mais emblemáticas até aos dias de hoje, facilmente perceptível pelos envolvimento do próprio público nas músicas.

“Um Volto Já” fez com que aquelas, muitos prováveis, centenas de pessoas amontoadas vibrassem e saltassem e forma exuberante, respondendo à mesma moeda com a energia demonstrada pelo JPP.

Ao longo dos seus espectáculos, e durante os mesmos, JPP dá espaço aos seus músicos para brincarem com os seus instrumentos, ao mesmo tempo que ele aproveita para recarregar baterias. Foi então que entrou em foco Zé Moreira, o baterista da banda.

JPP voltou ao palco, aparentemente bem mais animado que até então demonstrara, para se dirigir aos presentes.


“É com grande prazer que iniciamos a tour aqui neste sitio fantástico com esta capela fantástica toda iluminada, este concerto é como se fosse um ensaio para o resto que aí vem. Obrigado por estarem aqui e terem paciência para nos aturarem, espero que sejam felizes e que se divirtam com a nossa música.”

Seguiu-se o maior momento da noite. “Mentira” é sem dúvida a música que será a obrigatória em todos os concertos da carreira, que se espera longa. É incrivelmente arrepiante o envolvimento que se cria em volta quando os primeiros acordes surgem aquando desta canção.


Surgiu uma troca de galhardetes. “E salta João e salta João, olé”; “E saltem vocês e saltem vocês, olé”.

O primeiro grande sucesso da sua carreira é provavelmente outra das músicas que se tornam obrigatórias no alinhamento dos concertos. De facto, “Ninguém é de ninguém”, é das músicas que os presentes cantam em uníssono e que JPP reitera imensas vezes a sua inocência na altura da escrita da mesma.

A noite aproximava-se do fim, “Foi um grande prazer estar aqui convosco esta noite. Um grande abraço, até sempre”. Era assim que JPP dava mostras que o concerto já ia longo…


Houve ainda espaço para duas canções míticas do seu já longo reportório. “Louco Por Ti” e, depois de o público pedir “só mais uma”, “Nada de Nada” fecharam a noite.

No final houve a já mítica longa fila de espera por um autografo e fotografia com o artista – onde JPP mostrou-se mais uma vez disponível para receber toda a gente, ainda que visivelmente desgastado. O Clube de Fãs, que esteve em peso no concerto, ficou bastante contente com a adesão das pessoas. É realmente muito bom ver o nosso artista ser bastante acarinhado.

Comentários

Ana disse…
Muito boa a reportagem. Gostei imenso. Parabéns! :)
Cesar Peixoto21 disse…
Concordo com tudo k foi escrito...mas só gostava de enaltecer... que ele também cantou a musica "PERDIDO", esta musica encontrava-se no seu "baú", é do álbum Outra Vez... e na qual este fez questão de a cantar nos coliseus, claro com outra sonoridade pois lá foi acompanhada pela orquestra sinfonieta de Lisboa.
Neste concerto a musica ficou mais rock, gostei muito mesmo, foi uma boa surpresa, certamente vai fazer parte de muitos concertos do Tour 2010.
Abraço
Cesar Peixoto21 disse…
aaa e ficamos a espera de mais confirmaçoes de concertos, e claro esta do DVD...
;)

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